Digitalização como tradução material: A tipografia líquida de ‘The Art of Google Books’

Tabelas que se contorcem, linhas de texto que ondulam como um rio ao longo da página, tipos que crescem e diminuem num balé entontecedor: essa é a beleza das imagens destacadas em The Art of Google Books. Ali, a artista plástica Krissy Wilson extrai, das “falhas técnicas” da digitalização do gigante Google, uma poesia: a poesia da quebra da opacidade pretendida pela representação digital. Continue lendo “Digitalização como tradução material: A tipografia líquida de ‘The Art of Google Books’”

Análise e visualização de redes: o Gephi

Modelo de visualização por algoritmo  (mais modelos em https://gephi.org/features)
Modelo de visualização em Gelphi por algoritmos múltiplos (mais em https://gephi.org/features)

O desenvolvimento de novas formas de visualização de informações tem sido uma das áreas mais ativas nas humanidades digitais. Já comentamos, aqui no blog, as técnicas de representação textual em nuvens de palavras. Mas entre os projetos voltados para a manipulação de dados históricos, espaciais e textuais, destacam-se os que fazem uso de ferramentas baseadas em grafos para a visualização de redes. Continue lendo “Análise e visualização de redes: o Gephi”

Expedição Langsdorff na Brasiliana Digital

Tatuagem tradicional de habitante de Nukuhiwa. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - USP, acesso em 03-julho-2013
Tatuagem tradicional de habitante de Nukuhiwa. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin – USP, acesso em 03-julho-2013

Como parte dos nossos projetos na área de tradução – alemão, a Brasiliana USP colocou no ar, recentemente, a produção publicada em 1812 e 1821 acerca das viagens filosóficas realizadas no período. É importante pontuar que tais viagens não ocorreram apenas em solo brasileiro:  “De volta à Europa, Langsdorff publicou dois volumes chamados Bemerkungen auf einer Reise um die Welt in den Jahren 1803 bis 1807 (Notas sobre uma viagem ao redor do mundo nos anos 1803-1807), títulos ilustrados pelo próprio autor, que tratam da fauna, flora e da etnografia da Califórnia, Havaí, Alaska, Nukuhiwa, ilhas do Pacífico, península do Kamtchatka e Japão. Em 1813 se mudou para o Brasil como Ministro Plenipotenciário Fedor Pahlen e assumiu o Consulado Geral da Rússia no Brasil. Em 1816, o barão de Langsdorff compra, no atual estado do Rio de Janeiro, a Fazenda da Mandioca, estadia obrigatória de diversos cientistas e naturalistas europeus que estiveram no Brasil nas primeiras décadas do século XIX e aí organizaram diversas expedições, entre os quais destacamos Spix e Martius, John Luccock, Emmanuel Pohl, Maximilian zu Wied-Neuwied, Saint-Hilaire e Friedrich Sellow”.

“A Expedição Langsdorff apresentou um caráter diferenciado em relação a outras expedições que percorreram o Brasil, pois além de estudar a flora e a fauna do país, os expedicionários dedicaram-se a pesquisar a etnografia e os idiomas das tribos brasileiras. A viagem foi custeada pelo czar Alexandre I da Rússia, país que buscava se igualar em importância às outras potências europeias no campo dos conhecimentos científicos. O barão reuniu, ao todo, 39 pessoas para a expedição e entre elas integraram o grupo artistas renomados, como os pintores Johann Moritz Rugendas, Hércules Florence e Aimé-Adrien Taunay, cujas reproduções da flora, da fauna e dos nativos brasileiros impressionaram a todos pelo rigor descritivo e pela beleza representada. O astrônomo Nestor Rubtsoz, o botânico Ludwig Ridel, e o naturalista Wilhelm Freyreiss também compunham esta equipe e muitas das espécies de plantas coletadas por Riedel foram expostas pela primeira vez na Flora Brasiliensis do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius. A expedição teve como ponto de partida a província de Minas Gerais e depois rumou para o Brasil Central, seguindo por rio de São Paulo a Cuiabá, tomando, a partir daí, a direção norte, explorando a Amazônia e as cabeceiras e leito do rio Orenoco. Em 1825, a equipe saiu do Rio de Janeiro para Porto Feliz, na província de São Paulo em direção a Cuiabá….” . O artigo completo de Luciana de Fátima Candido está na Brasiliana Digital.

HyperCities

“HyperCities is a collaborative research and educational platform for traveling back in time to explore the historical layers of city spaces in an interactive, hypermedia environment”

http://hypercities.com/

A plataforma HyperCities oferece uma visualização com diferentes camadas históricas de cada cidade, com mapas atuais e mapas históricos sobrepostos e ligados por georeferenciamento. Continue lendo “HyperCities”

Iconografia – Eixo temático de 2011

No ano de 2011, escolhemos como eixo temático comum a Iconografia.

Classis navium qua...
Classis navium…, Frans Post, 1645 (detalhe)

Essa escolha foi motivada pelo reconhecimento de alguns desafios importantes envolvidos no trabalho de catalogar os arquivos digitais de imagens do acervo Brasiliana USP, em especial o de construir descrições que levem em consideração a importância da iconografia nas obras sobre o Brasil feitas por viajantes, naturalistas e exploradores estrangeiros. Continue lendo “Iconografia – Eixo temático de 2011”