“Antigas páginas acadêmicas…”

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Revista de Medicina, 1916, Volume 1, numero 2. Capa. Disponivel em http://www.revistas.usp.br/revistadc/issue/view/5028

 Antigas páginas acadêmicas: Portal da USP traz a coleção completa de algumas das primeiras revistas científicas editadas em suas faculdades | Revista Pesquisa Fapesp, ed. 213 – Novembro de 2013 – Marcos Pivetta

Artigo na Revista Fapesp deste mês aborda o projeto de digitalização das primeiras revistas científicas da Universidade de São Paulo: “Neste mês de novembro o Portal de Revistas da Universidade de São Paulo (USP) torna disponível na internet a coleção completa de alguns dos primeiros periódicos científicos produzidos por faculdades dessa instituição. Os títulos mais velhos remontam ao fim do século XIX ou ao começo do XX e alguns foram lançados por unidades acadêmicas que existiam antes do advento da USP, em 1934, e à universidade foram incorporadas no momento de sua criação. No endereço www.revistas.usp.br poderão ser encontrados todos os números de periódicos como a Revista da Faculdade de Direito de São Paulo – a mais antiga da coleção, que começou a ser editada em 1893 e permanece até hoje viva – ou a Revista de Medicina, da Faculdade de Medicina, criada em 1916 e igualmente ainda impressa“. Leia o artigo completo na Revista Pesquisa Fapesp.

O dossiê biográfico nas Viagens Filosóficas

Dentro do grupo “Viagens, arte e ciência no Mundo Português” – no contexto dos nossos projetos na linha de História da Ciência –, a leitura da obra de Dosse surgiu como norteadora para a criação de um dicionário biobibliográfico, dentro do site da Biblioteca Brasiliana USP, com a finalidade de compilar os estudos realizados no mestrado e doutoramento da professora Ermelinda Moutinho Pataca. O projeto pretende que a inserção do dicionário não apenas transmita informações de modo acumulativo, mas contribua para a comunicação entre diferentes conhecimentos que possam se encontrar nestas, e através destas, memórias. Continue lendo “O dossiê biográfico nas Viagens Filosóficas”

Jornadas Filipinas | Brasiliana USP

Jornadas Filipinas
Universidade de São Paulo,
10 a 17 de junho de 2013

“O Programa de Pós-Graduação em História Social, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), promove em junho as Jornadas Filipinas. O evento é composto por três seminários, nos dias 10,12 e 14 de junho, que ocorrem no prédio da História e Geografia da USP, e de uma jornada, no dia 17 de junho, no Auditório István Jancsó da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, também na USP. Entre outras atividades, consta da programação a mesa-redonda “Uma agenda para os estudos filipinos”, coordenada pelo historiador Fernando Novais (USP), da qual participarão Stuart B. Schwartz (Yale University), Fernando Bouza-Alvares (Universidad Complutense de Madrid) e Ronaldo Vainfas (Universidade Federal Fluminense)”. Leia mais na Agência Fapesphttp://agencia.fapesp.br/17326

Manuscritos do Timbuktu – a escrita enquanto técnica perene

Por Bruna Baldini de Miranda

A aura que envolve os manuscritos, sejam eles de que época forem, parece nunca se desvanecer. E mesmo na Era da Digitalização tudo leva a crer que essa aura se mantém. Bem, não é para menos, pois através dos manuscritos é possível ter acesso a informações ou contextos inalcançáveis. O que mais chama a atenção é que parece haver uma espécie de movimento recente, empenhado em reafirmar que apesar de estarmos entrando em um período em que se utilizará cada vez menos a escrita manuscrita – eles, os manuscritos, estão ocupando reconhecido lugar de destaque – considerando que uma verdadeira leva em diferentes instituições e localidades tem sido sistematicamente digitalizada há algum tempo. Continue lendo “Manuscritos do Timbuktu – a escrita enquanto técnica perene”

“O Fim do Livro”

O fim do livro já foi anunciado há mais de 150 anos

João Marcos Cardoso
Especial para o blog
Machado de Assis em 1864. Fotografia de Joaquim José Insley Pacheco (1830-1912). Arquivo da Academia Brasileira de Letras, http://www.academia.org.br

Em 1859, um jovem de 19 anos, defensor um tanto ingênuo dos princípios liberais e da crença inabalável no progresso que a eles se associava, publicou no jornal carioca Correio Mercantil dois artigos anunciando o provável fim do livro, cuja proeminência seria suplantada pelo jornal. O falso prognóstico dos textos e a juventude de seu autor teriam selado seu esquecimento se a assinatura Machado de Assis não os acompanhasse. Nesses dois artigos intitulados O jornal e o livro, não há praticamente nada que faça supor o grande autor de Memórias póstumas de Brás Cubas; ainda assim, tanto por suas virtudes quanto por seus defeitos, esses textos escritos por um Machado ainda crente nas ideologias de seu tempo têm muito a dizer sobre as mudanças do nosso tempo, que em vários pontos repetem os prenúncios do passado, como por exemplo o de que o livro em papel perecerá em breve.

Essas profecias já seculares interessam, em primeiro lugar, porque lá como aqui um meio de comunicação relativamente novo e promissor – a imprensa periódica no Segundo Império, as novas tecnologias de informação no séc. XIX – se desenha como uma ameaça a um meio que parece já não adequar-se a um novo ritmo histórico. Assim, diz Machado, o livro teria “alguma coisa de limitado e de estreito se o colocarmos em face do jornal.”; é uma forma obsoleta que se depara com uma “locomotiva intelectual”. Contudo, olhando para trás, não há dúvidas de que apesar da “morosidade” do livro, ele não perdeu o passo da história diante da “presteza e reprodução diária desta locomoção intelectual” que era o jornal impresso no séc. XIX. O dinamismo infinitamente potencializado das novas tecnologias de informação estariam em melhores condições para decretar o fim do livro, ao menos em sua forma tradicional?

As profecias interessam, em segundo lugar, porque Machado parece muito convicto de que a forma material pela qual o conhecimento é transmitido tem efeitos diretos na construção de seu sentido, na sua inserção em um dado meio social e cultural. Essa convicção é um dos pilares desses dois textos, pois em contraste com o livro, as características formais do jornal – “a forma que convém mais que nenhuma outra ao espírito humano” – estaria na base de uma “revolução na ordem social”: “O jornal é a liberdade, é o povo, é a consciência, é a esperança, é o trabalho, é a civilização”. Aqui chega ao ápice a utopia liberal do jovem Machado de Assis, que via no jornal não só o arauto de um futuro democrático, mas sobretudo o agente que o realizaria. Não é preciso dizer que, olhando retrospectivamente, essa utopia se frustrou; nem o mais entusiasmado defensor do jornal impresso acredita ainda que ele possa realizar essa grandiosa missão.

Atualmente ninguém mais vê o livro e o jornal como rivais, mas ambos parecem ser ameaçados pelo espectro das novas tecnologias da informação, tidas e havidas por muitos como a melhor roupagem do espírito contemporâneo, e mais do que isso como a detentora de um novo projeto utópico. Esse novo formato do pensamento humano desbancará finalmente o livro (e o jornal) e realizará o projeto revolucionário em que o jornal fracassou um século e meio atrás? Algumas décadas depois da publicação desses dois textos, seu autor, já amadurecido e desencantado com as ideologias de seu tempo, talvez risse de seu otimismo juvenil e das predições que dele derivaram. O que diria o Machado maduro a respeito de predições contemporâneas que têm o livro como alvo e que são similares às da sua juventude por seu conteúdo e por seu otimismo?

Acervos digitais e reconstrução de narrativas – o caso da divulgação científica.

Histórias para contar: Acesso a documentos digitalizados ajuda a reconstituir os percursos da divulgação científica no Brasil | Revista Pesquisa Fapesp, ed. 200 – Outubro de 2012

Este artigo da Revista Fapesp aborda  o impacto do surgimento dos acervos digitais nas pesquisas sobre a história da divulgação científica no Brasil, apontando para um processo muito interessante: a digitalização de alguns acervos importantes está mostrando que o que era tido por lacunas do jornalismo científico eram, na realidade, lacunas na informação disponível aos historiadores:  Continue lendo “Acervos digitais e reconstrução de narrativas – o caso da divulgação científica.”

“Falar”

Apresentamos aqui uma lista de gramáticas, dicionários e outras obras sobre língua e linguagem publicadas entre 1712 e 1822 em português, como complemento para a leitura do capítulo IV (“Falar“) de “As palavras e as coisas“, de M. Foucault.

(… ainda na esteira da nossa Roda de Leitura, como neste post de 10/04 sobre o capítulo II e neste post de 30/03 sobre o capítulo I). Continue lendo ““Falar””

“The Private Lives of Medieval Kings” | BBC – Documentário

Documentários sempre existiram, é verdade, mas nunca imaginei que pudesse conectá-los diretamente ao campo das Humanidades Digitais. Não pelos temas, pois evidentemente existe uma infinidade de documentários sobre os mais variados assuntos, e por essa ótica, milhares deles poderiam fazer parte deste blog. Continue lendo ““The Private Lives of Medieval Kings” | BBC – Documentário”

HyperCities

“HyperCities is a collaborative research and educational platform for traveling back in time to explore the historical layers of city spaces in an interactive, hypermedia environment”

http://hypercities.com/

A plataforma HyperCities oferece uma visualização com diferentes camadas históricas de cada cidade, com mapas atuais e mapas históricos sobrepostos e ligados por georeferenciamento. Continue lendo “HyperCities”