“Ciencias Sociales y Humanidades Digitales”

Ciencias Sociales y Humanidades Digitales. CAC, Cuadernos Artesanos de Comunicación, 61.
Romero Frías, E. y Sánchez González, M. (eds.) (2014). Ciencias Sociales y Humanidades Digitales (…). CAC, Cuadernos Artesanos de Comunicación, 61.

Ciencias Sociales y Humanidades Digitales: Técnicas, herramientas y experiencias de e-Research e investigación en colaboración” [1], lançado recentemente como livro digital para leitura aberta e gratuita, é um volume de grande interesse para o campo das Humanidades Digitais.

A publicação coletiva, iniciativa do Grupo de Aprendizaje e Investigación en Internet da Universidade de Granada (GrinUGR), pretende ‘difundir as pesquisas atualmente realizadas no campo das ciências sociais e das humanidades digitais em ambos os lados do Atlântico, refletindo assim a pluralidade de perspectivas que hoje em dia existem na comunidade acadêmica hispânica’ [2]. Continue lendo ““Ciencias Sociales y Humanidades Digitales””

“Antigas páginas acadêmicas…”

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Revista de Medicina, 1916, Volume 1, numero 2. Capa. Disponivel em http://www.revistas.usp.br/revistadc/issue/view/5028

 Antigas páginas acadêmicas: Portal da USP traz a coleção completa de algumas das primeiras revistas científicas editadas em suas faculdades | Revista Pesquisa Fapesp, ed. 213 – Novembro de 2013 – Marcos Pivetta

Artigo na Revista Fapesp deste mês aborda o projeto de digitalização das primeiras revistas científicas da Universidade de São Paulo: “Neste mês de novembro o Portal de Revistas da Universidade de São Paulo (USP) torna disponível na internet a coleção completa de alguns dos primeiros periódicos científicos produzidos por faculdades dessa instituição. Os títulos mais velhos remontam ao fim do século XIX ou ao começo do XX e alguns foram lançados por unidades acadêmicas que existiam antes do advento da USP, em 1934, e à universidade foram incorporadas no momento de sua criação. No endereço www.revistas.usp.br poderão ser encontrados todos os números de periódicos como a Revista da Faculdade de Direito de São Paulo – a mais antiga da coleção, que começou a ser editada em 1893 e permanece até hoje viva – ou a Revista de Medicina, da Faculdade de Medicina, criada em 1916 e igualmente ainda impressa“. Leia o artigo completo na Revista Pesquisa Fapesp.

Associações em Humanidades Digitais: alguns exemplos

Este post no blog da AHDig – Associação das Humanidades Digitais, que republicamos aqui, traz um balanço sobre as diferentes formas de associações em Humanidades Digitais no mundo.

“Quais são, onde estão, e como funcionam as “Associações em Humanidades Digitais” no mundo?

Essas perguntas movem uma pesquisa que estamos realizando, no âmbito da AHDig, como uma das primeiras medidas no sentido de dar forma e corpo à nossa recém-criada rede de pesquisas.

Aqui mostramos alguns resultados preliminares da nossa investigação – ressaltando, antes de tudo, que essas são  perguntas difíceis de serem respondidas, pois os agrupamentos formados em torno desse campo parecem tomar formas tão variadas quantas são as concepções em torno do próprio campo.

De um modo geral, vemos que as diversas Associações procuram aglutinar, definir e de alguma maneira “chancelar” as iniciativas em Humanidades Digitais, e podem tanto tomar a forma de sociedades científicas tradicionais como funcionar como redes virtuais sem existência jurídica ou formal.

Um grande impulso no sentido de um agrupamento global das associações em humanidades digitais foi a criação da ADHO,Alliance of Digital Humanities Organizations (ADHO),http://ahdo.org, organização que congrega as diversas iniciativas em Humanidades Digitais desde 2002. A ADHO lista as seguintes Associações como membros constitutivos:…” [Ler mais em Associações em Humanidades Digitais: alguns exemplos ]

‘Media Commons’: novas perspectivas para a escrita acadêmica

Imagem de http://mediacommons.futureofthebook.org/

A necessidade de se publicar trabalhos científicos rigorosamente criticados por pares em grandes quantidades é hoje um consenso no mundo acadêmico – ao menos, é um consenso a cuja métrica todos os que desejam permanecer ativos na vida intelectual universitária precisam se adaptar. Poucos, entretanto, têm se aventurado a interrogar o sentido que a expressão “crítica por pares“, ou mesmo o termo “publicar“, adquiriram nos dias de hoje. As publicações acadêmicas continuam a seguir a lógica do mundo impresso – quando não na sua forma física, ao menos na sua metodologia.

Nesse contexto, a editora Media Commons Press – Open scholarship in open formats (parte do projeto mais amplo Media Commons) aparece como um sopro de inovação. Iniciada em 2007 pela pesquisadora norte-americana Kathleen Fitzpatrick, da Universidade de Nova York, a editora se propõe a publicar trabalhos acadêmicos em formato inteiramente aberto à leitura e à contribuição crítica de comentaristas registrados – um “peer-review” colaborativo em linha.

Um caminho extremamente interessante para se conhecer o conceito da editora é ler, na plataforma, seu livro inaugural – “Planned Obsolescence: Publishing, Technology, and the Future of the Academy“, da própria FItzpatrick, que discute os desafios dos formatos atuais de publicação acadêmica e propõe novos formatos e conceitos para a difusão do trabalho científico. Propõe, e executa – a leitura do texto, na plataforma colaborativa, é de fato uma experiência extremamente interessante, uma ‘meta-leitura’, na qual o assunto debatido no livro vai sendo instantaneamente atuado conforme os nossos olhos progridem pela tela.

Planned Obsolescence” toca diversos temas muito interessantes, que renderiam vários posts e conversas. Aqui destacamos uma propriedade singular do livro: sua avaliação crítica da metodologia tradicional da publicação acadêmica não se limita ao já cansativo debate “papel versus tela”. Ao contrário, a autora pinça, na diferença entre as duas formas de publicação, aquilo que é de fato o mais importante (e que poucos percebem): a publicação digital pode prescindir de intermediários, colocando o autor em contato direto com o leitor – e, no caso do texto acadêmico, também com o revisor crítico.  As novas formas de construção de texto possibilitadas por essa propriedade são ainda inexploradas, e o projeto Media Commons Press é um caminho de vanguarda muito interessante nesse sentido.

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Imagem de http://mediacommons.futureofthebook.org/

Nosso blog no Dia das Humanidades Digitais

O Dia das Humanidades Digitais em Português e Espanhol foi um sucesso, com 97 blogues e 144 membros cadastrados. Em breve a plataforma será fechada, e os blogues participantes serão reorganizados e recompilados. Assim, os organizadores pretendem começar um debate em torno da pergunta que impulsionou a iniciativa: “o que é que fazem, efetivamente, os ‘Humanistas Digitais’ ?“.

Enquanto isso… Convidamos a todos para visitar nosso blog na plataforma. Optamos por compor um blog-diário, simplesmente postando sobre o que estávamos fazendo a cada período do dia – e tiramos algumas fotos! Pensamos assim ter formado um retrato do nosso cotidiano de pesquisas… Visite-nos! Em http://dhd2013.filos.unam.mx/humanidadesdigitaisusp/

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O dossiê biográfico nas Viagens Filosóficas

Dentro do grupo “Viagens, arte e ciência no Mundo Português” – no contexto dos nossos projetos na linha de História da Ciência –, a leitura da obra de Dosse surgiu como norteadora para a criação de um dicionário biobibliográfico, dentro do site da Biblioteca Brasiliana USP, com a finalidade de compilar os estudos realizados no mestrado e doutoramento da professora Ermelinda Moutinho Pataca. O projeto pretende que a inserção do dicionário não apenas transmita informações de modo acumulativo, mas contribua para a comunicação entre diferentes conhecimentos que possam se encontrar nestas, e através destas, memórias. Continue lendo “O dossiê biográfico nas Viagens Filosóficas”

O digital e as novas formas de construção do conhecimento

O digital e as novas formas de construção do conhecimento

Maria Clara Paixão de Sousa

Comunicação ao Seminário Internacional Sistemas de Informação e Acervos Digitais de Cultura – 12/03/2013

Créditos das Imagens e
Referências bibliográficas

Illustration of a scholar from The arte or crafte to lyve well and to dye well, printed 1505, the South Quire Aisle – Windsor College http://www.stgeorges-windsor.org/archives/blog/?tag=south-quire-aisle
Illustration of a scholar from The arte or crafte to lyve well and to dye well, printed 1505, the South Quire Aisle – Windsor College
http://www.stgeorges-windsor.org/archives/blog/?tag=south-quire-aisle
WILLEM VAN SWANENBURGH. Leiden c. 1581/1582 – 1612 Leiden.After J.C. Woudanus. The interior of the University Library in Leiden. BIBLIOTHECAE LUGDUNO-BATAVAE CUM PULPITIS ET ARCIS IXNOGRAPHIA. Engraving, 1610. http://www.masterprints.nl/prints/11/si_10.html
WILLEM VAN SWANENBURGH. Leiden c. 1581/1582 – 1612 Leiden.
After J.C. Woudanus. The interior of the University Library in Leiden. BIBLIOTHECAE LUGDUNO-BATAVAE CUM PULPITIS ET ARCIS IXNOGRAPHIA. Engraving, 1610. http://www.masterprints.nl/prints/11/si_10.html
Le diverse et artificiose machine del capitano Agostino Ramelli... Ramelli, Agostino, 1531-ca. 1600. Arquivo digital da Beinecke Library, Elizabethan Club of Yale University, 1032311
Le diverse et artificiose machine del capitano Agostino Ramelli… Ramelli, Agostino, 1531-ca. 1600. Arquivo digital da Beinecke Library, Elizabethan Club of Yale University, 1032311
Chained Library -  Hereford Cathedral. http://www.herefordcathedral.org/education-research/library-and-archives/history-of-the-chained-library
Chained Library – Hereford Cathedral. http://www.herefordcathedral.org/education-research/library-and-archives/history-of-the-chained-library
Cincinnati Public Library, 19th century. http://www.cincinnatimemory.org/
Cincinnati Public Library, 19th century. http://www.cincinnatimemory.org/

Referências bibliográficas

ARL – Association of Research Libraries. Definition and Purposes of a Digital Libraries. ARL, 1995. <http://www.ifla.org/documents/libraries/net/arl-dlib.txt>.

Baganha, Filomena: Novas bibliotecas, novos conceitos. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Porto. ISSN 1646-0502. 1 (2004) 93-97.<https://bdigital.ufp.pt/dspace/handle/10284/616>

Duguid, Paul. Report of the Santa Fe Planning Workshop on Distributed Knowledge Work Environments: Digital Libraries. University of Michigan School of Information, Sept./1997.

Kuny, Terry; Cleveland, Gary. “The Digital Library: Myths and Challenges”, in IFLA Journal, v. 24, n. 2, 1998. <http://www.ifla.org/IV/ifla62/62-kuny.pdf>.

Lucas, Clarinda Rodrigues. O conceito de biblioteca nas bibliotecas digitais. Informação & Sociedade. Estudos, João Pessoa – PB, v. 14, n. 02, 2004. http://143.106.108.14/BoletimSBU/2005/julho/Artigos/IS1420401.pdf

Sayão, Luis Fernando. Afinal, o que é biblioteca digital?. Rev. USP [online]. 2009, no. 80 [citado 2010-09-08], pp. 6-17. <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-99892009000100002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0103-9989.

Unsworth, John. Forms of Attention: Digital Humanities Beyond Representation. Paper delivered at “The Face of Text: Computer-Assisted Text Analysis in the Humanities,” the third conference of the Canadian Symposium on Text Analysis (CaSTA), McMaster University, November 19-21, 2004. <http://www3.isrl.illinois.edu/~unsworth/FOA/>

“O Fim do Livro”

O fim do livro já foi anunciado há mais de 150 anos

João Marcos Cardoso
Especial para o blog
Machado de Assis em 1864. Fotografia de Joaquim José Insley Pacheco (1830-1912). Arquivo da Academia Brasileira de Letras, http://www.academia.org.br

Em 1859, um jovem de 19 anos, defensor um tanto ingênuo dos princípios liberais e da crença inabalável no progresso que a eles se associava, publicou no jornal carioca Correio Mercantil dois artigos anunciando o provável fim do livro, cuja proeminência seria suplantada pelo jornal. O falso prognóstico dos textos e a juventude de seu autor teriam selado seu esquecimento se a assinatura Machado de Assis não os acompanhasse. Nesses dois artigos intitulados O jornal e o livro, não há praticamente nada que faça supor o grande autor de Memórias póstumas de Brás Cubas; ainda assim, tanto por suas virtudes quanto por seus defeitos, esses textos escritos por um Machado ainda crente nas ideologias de seu tempo têm muito a dizer sobre as mudanças do nosso tempo, que em vários pontos repetem os prenúncios do passado, como por exemplo o de que o livro em papel perecerá em breve.

Essas profecias já seculares interessam, em primeiro lugar, porque lá como aqui um meio de comunicação relativamente novo e promissor – a imprensa periódica no Segundo Império, as novas tecnologias de informação no séc. XIX – se desenha como uma ameaça a um meio que parece já não adequar-se a um novo ritmo histórico. Assim, diz Machado, o livro teria “alguma coisa de limitado e de estreito se o colocarmos em face do jornal.”; é uma forma obsoleta que se depara com uma “locomotiva intelectual”. Contudo, olhando para trás, não há dúvidas de que apesar da “morosidade” do livro, ele não perdeu o passo da história diante da “presteza e reprodução diária desta locomoção intelectual” que era o jornal impresso no séc. XIX. O dinamismo infinitamente potencializado das novas tecnologias de informação estariam em melhores condições para decretar o fim do livro, ao menos em sua forma tradicional?

As profecias interessam, em segundo lugar, porque Machado parece muito convicto de que a forma material pela qual o conhecimento é transmitido tem efeitos diretos na construção de seu sentido, na sua inserção em um dado meio social e cultural. Essa convicção é um dos pilares desses dois textos, pois em contraste com o livro, as características formais do jornal – “a forma que convém mais que nenhuma outra ao espírito humano” – estaria na base de uma “revolução na ordem social”: “O jornal é a liberdade, é o povo, é a consciência, é a esperança, é o trabalho, é a civilização”. Aqui chega ao ápice a utopia liberal do jovem Machado de Assis, que via no jornal não só o arauto de um futuro democrático, mas sobretudo o agente que o realizaria. Não é preciso dizer que, olhando retrospectivamente, essa utopia se frustrou; nem o mais entusiasmado defensor do jornal impresso acredita ainda que ele possa realizar essa grandiosa missão.

Atualmente ninguém mais vê o livro e o jornal como rivais, mas ambos parecem ser ameaçados pelo espectro das novas tecnologias da informação, tidas e havidas por muitos como a melhor roupagem do espírito contemporâneo, e mais do que isso como a detentora de um novo projeto utópico. Esse novo formato do pensamento humano desbancará finalmente o livro (e o jornal) e realizará o projeto revolucionário em que o jornal fracassou um século e meio atrás? Algumas décadas depois da publicação desses dois textos, seu autor, já amadurecido e desencantado com as ideologias de seu tempo, talvez risse de seu otimismo juvenil e das predições que dele derivaram. O que diria o Machado maduro a respeito de predições contemporâneas que têm o livro como alvo e que são similares às da sua juventude por seu conteúdo e por seu otimismo?

Inteligência, criatividade, computação e ciência

Diagrama em: Samuel R. Wells. How To Read Character: A New Illustrated Handbook Of Phrenology And Physiognomy, For Students And Examiners; With A Descriptive Chart. Fowles & Wells: New York, 1873. hpp://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phrenologychart.png; Domínio Público.
Diagrama em: Samuel R. Wells. How To Read Character: A New Illustrated Handbook Of Phrenology And Physiognomy, For Students And Examiners; With A Descriptive Chart. Fowles & Wells: New York, 1873.

As fronteiras entre as assim chamadas ciências “exatas“, “naturais” e “humanas” tem perdido a nitidez em diversos campos de investigação; é certamente esse o caso da “Inteligência Artificial”. Um debate recente entre o linguista Noam Chomsky e Peter Norvig, diretor de pesquisas da Google, mostra os desafios epistemológicos deste campo de estudos dedicado à compreensão dos mecanismos da inteligência, e toca em alguns pontos interessantes para a reflexão sobre a relação entre as humanidades e as tecnologias computacionais, e quem vem sendo levantados também por algumas vozes críticas no campo das Humanidades Digitais.  Continue lendo “Inteligência, criatividade, computação e ciência”

Acervos digitais e reconstrução de narrativas – o caso da divulgação científica.

Histórias para contar: Acesso a documentos digitalizados ajuda a reconstituir os percursos da divulgação científica no Brasil | Revista Pesquisa Fapesp, ed. 200 – Outubro de 2012

Este artigo da Revista Fapesp aborda  o impacto do surgimento dos acervos digitais nas pesquisas sobre a história da divulgação científica no Brasil, apontando para um processo muito interessante: a digitalização de alguns acervos importantes está mostrando que o que era tido por lacunas do jornalismo científico eram, na realidade, lacunas na informação disponível aos historiadores:  Continue lendo “Acervos digitais e reconstrução de narrativas – o caso da divulgação científica.”

“Falar”

Apresentamos aqui uma lista de gramáticas, dicionários e outras obras sobre língua e linguagem publicadas entre 1712 e 1822 em português, como complemento para a leitura do capítulo IV (“Falar“) de “As palavras e as coisas“, de M. Foucault.

(… ainda na esteira da nossa Roda de Leitura, como neste post de 10/04 sobre o capítulo II e neste post de 30/03 sobre o capítulo I). Continue lendo ““Falar””

“O Todo e a Parte” | Roger Chartier, entrevista

O Todo e a Parte

Jornal Valor Econômico – Suplemento cultural
Entrevista de Roger Chartier a Amarilis Lage,
13/04/2012

O suplemento cultural do jornal Valor Econômico deste fim de semana traz uma entrevista com o historiador Roger Chartier, que discute como as diferentes formas de publicação podem conferir diferentes sentidos a uma obra –  em especial, Chartier fala sobre as novas formas de leitura no mundo digital.

Matéria completa: http://www.valor.com.br/cultura/2614020/o-todo-e-parte

Ler “A Prosa do Mundo” hoje

Campanella, De Sensu Rerum et Magia Libri Quatuor
T. Campanella, De Sensu Rerum et Magia Libri Quatuor, 1620

Como apoio para as conversas na nossa Roda de Leitura desse mês, preparamos uma lista de reproduções digitais de dezessete livros citados por Michel Foucault em A Prosa do Mundo, o capítulo II de As Palavras e as Coisas. Esta lista inspira um comentário.

Imagino a leitura de A Prosa do Mundo acontecendo na forma de pelo menos dois gestuais, cada um deles compondo uma experiência inteiramente singular (como, de resto, acontece com qualquer leitura – mas aqui condenso este caso, acompanhando nossa Roda). O primeiro gestual seria o de quem percorre o texto do início ao fim sem suspender seus olhos. O segundo seria o de quem interrompe o percorrer do texto a cada tanto, e suspende os olhos em busca das obras comentadas por Foucault. Continue lendo “Ler “A Prosa do Mundo” hoje”

“Las Meninas”, representações da representação

Las Meninas o La familia de Felipe IV, Velázquez
Las Meninas, o la familia de Felipe IV. Velázquez. 1656, óleo sobre lienzo, 381 x 276 cm. Museo del Prado, P1174.

“Talvez haja, neste quadro de Velásquez, como que a representação da representação clássica e a definição do espaço que ela abre. Continue lendo ““Las Meninas”, representações da representação”