Rijksmuseum Amsterdam, the museum of the Netherlands
O Rijksmuseum Amsterdam disponibiliza o acesso virtual a algumas de suas exposições de obras de arte entre quadros, croquis, esboços, peças raras e etc. É possível fazer um passeio virtual em algumas de suas salas de exposições, ler um breve histórico sobre algumas das obras pertencentes ao acervo além de visualizar algumas imagens obtidas das próprias coleções e etc.
No âmbito do campo de estudos das Humanidades Digitais, esta iniciativa se enquadra perfeitamente em nossas discussões, pois permite pensar quais os caminhos ou quais os moldes que influenciarão a interação entre o usuário e os diversos objetos culturais. Interação essa que não ocorre fisicamente seja pela raridade de algumas peças, pelo valor histórico e até mesmo financeiro, pela distância física e etc.
Claramente uma tendência aí se inicia, é possível pensar que num futuro muito próximo, boa parte das situações de interação ocorrerão virtualmente e um dos aspectos que chamará mais a atenção será a recepção entre usuário – objeto cultural. É possível esboçar um panorama desse contexto já existente a partir do e-reader e do i-pad, por exemplo. No entanto a diversidade intrínseca do objeto cultural em si poderá moldar a recepção e trazer novos condicionantes culturais, isso fica evidente a partir das considerações apresentadas durante a palestra de Eli Pariser na conferência TED em 2011 (http://www.aldeiagaulesa.net/2011/11/video-como-funcionam-os-filtros-na.html).
Em linhas gerais, sempre que algum tipo de intervenção, modificação e/ou revolução é feita no suporte do objeto cultural a resultante é, via de regra, o surgimento de novas interações, novos problemas e novas dificuldades de adaptação por parte de usuários, produtores e instituições; e sobretudo, a resultante mais significativa seria a de que o suporte também influencia decisivamente a cognição e a apreensão de toda a forma de conteúdo que os objetos culturais são capazes de conter em si próprios.
Uma frase atribuída a Steve Jobs também ilustra bem as discussões que este blog pretende abarcar e fecha este post: “Os computadores são a primeira coisa que vai interagir com as pessoas infinitamente sem julgamento desde os livros”