Postar este vídeo aqui no blog de Humanidades Digitais pode parecer despropositado, mas não é. Explico o porquê.
Vou partir do óbvio: dados pertencem a alguém, este alguém – o possuidor – decide a quem disponibiliza, como e por quanto tempo. Antes da popularização das redes sociais, é possível que a palavra ‘dados’ remetesse apenas a instituições e órgãos regulamentadores. Bem, talvez antigamente órgãos institucionais fossem os únicos a se preocupar com armazenagem, acesso e etc de uma infinidade de tipos de dados. O que se observa depois da popularização das redes sociais é que os ‘dados’ estão sendo armazenados de uma outra forma, e além disso, o acesso a eles também se realiza de uma outra forma bem peculiar. E é justamente essa uma das questões que este vídeo levanta.
É possível perceber que uma importante discussão se inicia, no tocante à proteção de dados e principalmente à propriedade dos mesmos. De modo que este vídeo levanta o seguinte precedente – quem é o verdadeiro dono dos dados: o provedor/site ou a pessoa que o possui? Por exemplo os meus dados, eu sou a dona ou a rede social que os armazena?
Outras questões que também surgem: qual a vantagem de se armazenar todos esses dados? Qual o uso para dados antigos que já estão armazenados há mais tempo?
Bem, o vídeo inicia uma importante discussão com uma infinidade de desdobramentos. É de suma importância discuti-los, uma vez que tangenciam a propriedade e o uso que deles se faz.