O desenvolvimento de novas formas de visualização de informações tem sido uma das áreas mais ativas nas humanidades digitais. Já comentamos, aqui no blog, as técnicas de representação textual em nuvens de palavras. Mas entre os projetos voltados para a manipulação de dados históricos, espaciais e textuais, destacam-se os que fazem uso de ferramentas baseadas em grafos para a visualização de redes. Continue lendo “Análise e visualização de redes: o Gephi”
Tatuagem tradicional de habitante de Nukuhiwa. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin – USP, acesso em 03-julho-2013
Como parte dos nossos projetos na área de tradução – alemão, a Brasiliana USP colocou no ar, recentemente, a produção publicada em 1812 e 1821 acerca das viagens filosóficas realizadas no período. É importante pontuar que tais viagens não ocorreram apenas em solo brasileiro: “De volta à Europa, Langsdorff publicou dois volumes chamados Bemerkungen auf einer Reise um die Welt in den Jahren 1803 bis 1807(Notas sobre uma viagem ao redor do mundo nos anos 1803-1807), títulos ilustrados pelo próprio autor, que tratam da fauna, flora e da etnografia da Califórnia, Havaí, Alaska, Nukuhiwa, ilhas do Pacífico, península do Kamtchatka e Japão. Em 1813 se mudou para o Brasil como Ministro Plenipotenciário Fedor Pahlen e assumiu o Consulado Geral da Rússia no Brasil. Em 1816, o barão de Langsdorff compra, no atual estado do Rio de Janeiro, a Fazenda da Mandioca, estadia obrigatória de diversos cientistas e naturalistas europeus que estiveram no Brasil nas primeiras décadas do século XIX e aí organizaram diversas expedições, entre os quais destacamos Spix e Martius, John Luccock, Emmanuel Pohl, Maximilian zu Wied-Neuwied, Saint-Hilaire e Friedrich Sellow”.
“A Expedição Langsdorff apresentou um caráter diferenciado em relação a outras expedições que percorreram o Brasil, pois além de estudar a flora e a fauna do país, os expedicionários dedicaram-se a pesquisar a etnografia e os idiomas das tribos brasileiras. A viagem foi custeada pelo czar Alexandre I da Rússia, país que buscava se igualar em importância às outras potências europeias no campo dos conhecimentos científicos. O barão reuniu, ao todo, 39 pessoas para a expedição e entre elas integraram o grupo artistas renomados, como os pintores Johann Moritz Rugendas, Hércules Florence e Aimé-Adrien Taunay, cujas reproduções da flora, da fauna e dos nativos brasileiros impressionaram a todos pelo rigor descritivo e pela beleza representada. O astrônomo Nestor Rubtsoz, o botânico Ludwig Ridel, e o naturalista Wilhelm Freyreiss também compunham esta equipe e muitas das espécies de plantas coletadas por Riedel foram expostas pela primeira vez na Flora Brasiliensis do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius. A expedição teve como ponto de partida a província de Minas Gerais e depois rumou para o Brasil Central, seguindo por rio de São Paulo a Cuiabá, tomando, a partir daí, a direção norte, explorando a Amazônia e as cabeceiras e leito do rio Orenoco. Em 1825, a equipe saiu do Rio de Janeiro para Porto Feliz, na província de São Paulo em direção a Cuiabá….” . O artigo completo de Luciana de Fátima Candido está na Brasiliana Digital.
Desde o início dos tempos a escrita e suas diversas formas representavam o ponto nevrálgico da disseminação do conhecimento. É interessante notar que ainda hoje continua a desempenhar papel central em diversos âmbitos.
A Área de Línguas Indígenas e o Centro Ángel Rama da FFLCH-USP convida a todos para o I SEMINÁRIO ‘O TUPI ANTIGO E AS LÍNGUAS GERAIS NA FORMAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA’, a acontecer nos dias 27 e 28 de junho.
O Dia das Humanidades Digitais em Português e Espanhol foi um sucesso, com 97 blogues e 144 membros cadastrados. Em breve a plataforma será fechada, e os blogues participantes serão reorganizados e recompilados. Assim, os organizadores pretendem começar um debate em torno da pergunta que impulsionou a iniciativa: “o que é que fazem, efetivamente, os ‘Humanistas Digitais’ ?“.
Enquanto isso… Convidamos a todos para visitar nosso blog na plataforma. Optamos por compor um blog-diário, simplesmente postando sobre o que estávamos fazendo a cada período do dia – e tiramos algumas fotos! Pensamos assim ter formado um retrato do nosso cotidiano de pesquisas… Visite-nos! Em http://dhd2013.filos.unam.mx/humanidadesdigitaisusp/
Dentro do grupo “Viagens, arte e ciência no Mundo Português” – no contexto dos nossos projetos na linha de História da Ciência –, a leitura da obra de Dosse surgiu como norteadora para a criação de um dicionário biobibliográfico, dentro do site da Biblioteca Brasiliana USP, com a finalidade de compilar os estudos realizados no mestrado e doutoramento da professora Ermelinda Moutinho Pataca. O projeto pretende que a inserção do dicionário não apenas transmita informações de modo acumulativo, mas contribua para a comunicação entre diferentes conhecimentos que possam se encontrar nestas, e através destas, memórias. Continue lendo “O dossiê biográfico nas Viagens Filosóficas”
Jornadas Filipinas Universidade de São Paulo, 10 a 17 de junho de 2013
“O Programa de Pós-Graduação em História Social, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), promove em junho as Jornadas Filipinas. O evento é composto por três seminários, nos dias 10,12 e 14 de junho, que ocorrem no prédio da História e Geografia da USP, e de uma jornada, no dia 17 de junho, no Auditório István Jancsó da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, também na USP. Entre outras atividades, consta da programação a mesa-redonda “Uma agenda para os estudos filipinos”, coordenada pelo historiador Fernando Novais (USP), da qual participarão Stuart B. Schwartz (Yale University), Fernando Bouza-Alvares (Universidad Complutense de Madrid) e Ronaldo Vainfas (Universidade Federal Fluminense)”. Leia mais na Agência Fapesp, http://agencia.fapesp.br/17326
10 de junho de 2013 será o Dia das Humanidades Digitais. Convidamos a todos os colaboradores e amigos deste Grupo de Pesquisas a participar deste projeto de publicação coletiva, destacando que, pela primeira vez, este projeto que teve início em 2009 tem sua versão em Português e em Espanhol!
O evento pretende reunir pessoas de todo o mundo que falem ou trabalhem primordialmente nos idiomas espanhol e português, para através de texto e imagem registar os eventos e atividades de um dia de trabalho.
O objetivo do projeto é cruzar num único local os labores de todos os participantes, deste modo elaborando um recurso digital com o qual se possa responder à questão: O que é que os humanistas digitais efetivamente fazem?
Como participar?
Durante o Dia, os participantes podem partilhar as suas atividades de trabalho cotidianas através de texto escrito e fotografias que se publicarão numa plataforma digital de acesso livre. No seu conjunto, estas narrativas individuais irão ajudar-nos a identificar uma comunidade de humanistas digitais. Para participar basta registar-se em http://dhd2013.filos.unam.mx , e no dia 10 de Junho de 2013 documentar o teu trabalho diário. É tudo!
Como sei que sou um humanista digital?
As Humanidades Digitais são uma área de investigação, criação e ensino que se ocupa da interacção entre as disciplinas humanísticas e as tecnologias digitais. Abarca uma ampla gama de temas, como sejam o desenvolvimento de colecções digitais, de livros eletrônicos, de arquivos e museus digitais, passando pela pesquisa em grandes volumes de texto, pela elaboração de bases de dados culturais, pela visualização e pela criação de ferramentas digitais destinadas à Linguística, à História, à Arqueologia, à Antropologia, entre outras, incorporando materiais digitalizados ou produzidos originalmente em formato digital.
A nossa proposta sobre o que é um humanista digital pretende ser o mais inclusiva possível, pelo que não há restrições. Se está interessado, participe!
Mais informações
Na plataforma que abrigará o evento, em http://dhd2013.filos.unam.mx, há informações detalhadas sobre o projeto. Voltaremos também ao assunto neste blog nas próximas semanas. Fique à vontade também para enviar sua pergunta no formulário de comentários deste post!
“Dar visibilidade ao acervo digitalizado da Funarte, criando conteúdos que contextualizem, valorizem e reflitam sobre o que está sob a guarda da instituição – alargando nossa visão sobre a produção cultural brasileira e valorizando nossa memória – são alguns dos objetivos do Portal das Artes, nesta área inteiramente dedicada ao Projeto Brasil Memória das Artes, de digitalização e difusão de acervo.”
“E se pudesse ver conteúdos extra e multimédia enquanto folheia o seu livro de papel? Uma equipa da Universidade do Minho criou um projeto inovador que faz essa fusão entre o livro eletrónico e o livro físico. O projeto ‘Bridging Book’ vai ser exibido na maior conferência internacional da área, a CHI 2013, que decorre na próxima semana em Paris.” (http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_UMinho-faz-a-fus%C3%A3o-entre-ebook-e-livro-f%C3%ADsico_15455.html – acesso em 03/maio/2013)
Os “MOOCs” – cursos online abertos e dirigidos a um público amplo (na sigla inglesa para Massive Online Open Course) – têm se multiplicado em ritmo acelerado pela rede nos últimos anos. O ano de 2012, por sinal, foi apelidado de “o ano do MOOC” por diversos blogs e redes sociais, inspirando também algumas reportagens na mídia impressa.
A rápida disseminação dessa forma de acesso ao conhecimento nos coloca diversas questões interessantes: os MOOCs são mais uma ‘onda’ da internet, ou são exemplos de novas e revolucionárias formas de relação com o conhecimento? Para podermos debater isso, vamos começar fazendo um perfil geral desse estilo de aprendizagem “à distância”. Continue lendo “O que é um MOOC?”
“No dia 18 de abril será lançada a Digital Public Library of America (DPLA), um projeto que tem como objetivo disponibilizar os acervos de arquivos, bibliotecas e museus dos Estados Unidos da América para todo o mundo. Leia abaixo a tradução do artigo que Robert Darnton publicou na New York Review of Books. Temos autorização para mantê-lo on-line em nosso site até o dia 28 de abril.” – Leia mais no site daBrasiliana USP ; acesse aqui a DPLA – http://dp.la/